Vamos conhecer um pouco do nosso bebê?

 Visão

De todos os sentidos do bebê, a visão é a menos desenvolvida do recém-nascido.

“Os neonatos podem ver claramente objetos localizados a uma distância entre 18 e 38 centímetros. Em distâncias maiores ou menores, seus olhos não conseguem focar corretamente. Sua acuidade visual […] ainda não foi totalmente desenvolvida. […] Eles preferem olhar o rosto do que o objeto, e depois de um mês conseguem distinguir o rosto da mãe do de outras pessoas; eles podem até distinguir as diferenças entre expressões faciais e imitar algumas delas. Philip Rice (1997)”

De fato, até os 6 meses de idade, sua acuidade visual vai  se estabilizando. Por outro lado, não se sabe, ao certo, se eles conseguem ver as cores imediatamente, embora essa capacidade possa ser demonstrada logo em alguns meses de idade, pois dão preferência a objetos coloridos.

 Audição

Os bebês já podem ouvir os sons ao seu redor desde o ventre, e responder aos sons. Além disso, eles são capazes de distinguir entre a voz de sua mãe e a de outras pessoas.

Ao nascerem, podem diferenciar intensidade, duração, tom e direção são mais sensíveis a vozes agudas, depois de algumas semanas querem virar a cabeça de acordo com a origem do ruído.

De acordo com as pesquisas realizadas, os recém-nascidos são capazes de reter um som em sua memória por pelo menos vinte e quatro horas. Eles se acostumam a um som habitual e, quando ouvem algo novo, ficam surpresos e reagem.

 

 Olfato

Os bebês reagem a alguns odores com os quais convivem, principalmente reconhece sua  mãe pelo cheiro do seu leite

Paladar

Os cientistas norte-americanos Diana Rosenstein e Harriet Oster (1988) realizaram uma série de pesquisas com crianças recém-nascidas para determinar se distinguiam ou não os sabores após o nascimento.

Suas conclusões mostraram o seguinte: os recém-nascidos distinguem sabores azedos, amargos, doces e não doces, mesmo sem terem experimentado nenhum sabor antes.

Essas declarações vieram como resultado dos gestos faciais que os pequenos fizeram quando experimentaram um pouco de sabor. Especificamente, eles relaxaram e franziram a testa, e lamberam ou torceram a boca em desaprovação, nojo ou desagrado.

Tato e dor

Os recém-nascidos têm grande sensibilidade tátil, quando você acaricia a bochecha de um recém-nascido, ele vira a cabeça nessa direção. O mesmo acontece ao estimular a planta do pé, que flexiona os dedos dos pés.

O mesmo acontece com a dor, porque eles também sentem e se manifestam quando algo os machuca ou os incomoda. Essa segunda sensibilidade aumenta a partir do quinto dia de vida.

 Reflexos

Os primeiros reflexos movimentos que não são controlados pelo bebê,

evoluirão ao longo do caminho.

Os reflexos primitivos do recém-nascido possuem um padrão muito imaturo de caráter automático e refletem a maturação do sistema nervoso central (SNC), que é quando as estruturas neurológicas mais recentes vão se tornando funcionais à medida em que há o processo de mielinização, arborização e formação de novas sinapses.

Tais reflexos são considerados fisiológicos nos primeiros meses de vida e desaparecem ou são substituídos por movimentos voluntários (por volta dos seis meses), ou seja, o bebê passa a apresentar respostas controladas corticalmente ao invés de respostas reflexas do tronco encefálico. Sendo assim, tanto a ausência inicial quanto a persistência tardia desses reflexos podem indicar alguma patologia neurológica pelo fato da maturação do SNC não ter sido alcançada por completo, como ocorre na paralisia infantil, ou podem até reaparecer na vida adulta em algumas doenças neurológicas, sobretudo naquelas que acometem o lobo frontal.

Os reflexos do recém-nascido aparecem quando interagem com um estímulo interno e / ou externo. Por exemplo, cócegas, dor na barriga, uma lâmpada, etc.

Existem reflexos que só ocorrem quando confrontados com um estímulo muito específico e consistem em uma resposta igualmente específica, enquanto outros são produzidos por uma ampla variedade de estímulos.

Alguns reflexos permitiram que as condições vitais dos bebês melhorassem e se desenvolvessem com mais segurança, levando em consideração seu valor social e vital.

Vamos conhecer alguns reflexos, mas se desejarem podem fazer uma pesquisa para conhecer outros, tão importandes para o desenvolvimento da criança.

Reflexo de Babinski. Extensão dos dedos do pé em forma de leque com uma separação mais visível no dedão do pé. Isso acontece quando a planta do pé do recém-nascido é tocada. Esse reflexo desaparece meses após o nascimento. Se continuar ocorrendo nos membros da criança, é um sinal de lesão ou doença no sistema nervoso.

Reflexo de Moro.Abertura dos braços e pernas com uma consequente recolhida do mesmo. Também conhecido como reflexo do susto ou reflexo do abraço, acontece quando o recém-nascido se sente vazio ou cai de costas. Desaparece aos 4 meses de idade.

Palmar e plantar. Se colocarmos o dedo na palma do bebê seu reflexo é de segurar, uma flexão dos dedos. O mesmo acontece com a planta do pé, ao tocarmos há uma resposta com o fechamento dos dedos.

Reflexo marcha. Para verificação da marcha reflexa, o avaliador deve segurar e suspender a criança pelo tronco, mas permitindo que ela toque os pés em uma superfície. O reflexo será obtido com a inclinação do corpo da criança após obter o apoio plantar, estando presente já nos primeiros dias de vida e desaparecendo entre a 4ª e 8ª semana de vida da criança.

  Outras capacidades

À medida que o comportamento dos recém-nascidos evolui passa a capacidade de adquirir novas habilidades e reações. Assim, vai interagindo e agindo no meio inserido.

Experiências coletadas pelo psicólogo americano Andrew N. Meltzoff, que afirmou que os bebês reagem, reconhecem e observam por mais tempo os objetos que tiveram nas mãos ou na boca.

Outras pesquisas são de estudos sobre a percepção da linguagem,  demonstraram as habilidades, foram mostrados as crianças imagens de rostos gesticulando “ah” e “eh” sem emitir um estímulo sonoro, enquanto as fotos ainda estavam na tela, um alto-falante reproduzia um desses sons vocais. Depois verificaram  como os pequenos observavam ou dirigiam o olhar para a imagem cujo gesto coincidia com o som. Ou seja, se o som emitisse “eh”, eles olhariam para essa fotografia.

Esses resultados demonstram uma realidade palpável: o ser humano, desde tenra idade, desenvolve suas capacidades cognitivas.

Musicalização e bebês

A palavra “musicalização” pode soar muito técnica, mas vale lembrar que podem ensinar muito para os pequenos, através da musicalização, os bebês praticam a escuta e a descoberta, balbuciam, engatinham e procuram interagir com aquele estímulo, no qual esta sendo proposto. Assim, há muitas formas de colocar essa intenção em prática, o que devemos saber é as fazes do desenvolvimento de cada bebê e propor atividades adequadas, dentro dos conceitos musicas, os bebês amam.

 

 

 

Link de estudos: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/neurodesenvolvimentoaulasesa.pdf

 

 

 

Comentários

Deixe um comentário